segunda-feira, 19 de outubro de 2009

O caso Rubens Barrichello

Há dez anos surgia mais uma grande promessa na fórmula 1. Há dez anos o mundo conheceu aquele que, passados dez anos bateu o record de grandes prêmios, teve altos e baixos na carreira, é o mais antigo piloto em atividade, e como promessa que era ainda persiste. Rubens Barrichello mostrou a todos no domingo, como é difícil conseguiu ultrapassar os limites. Se consagrar nos esportes, vai muito além do talento e da vontade. Existem fatores que fazem a diferença na hora de competir, e nos impulsiona a atingir o inatingível.

O jornalista Ricardo Kotscho comentou em sua coluna essa semana, que o Rubinho não tem estrela. Eu não acredito nisso. Para se consagrar, é preciso ter força mental aliada ao seu talento e arrojo, que são ingredientes fundamentais na hora de derrotar o oponente. Ter personalidade e prepotência na medida certa, ajudam o seu corpo e mente a trabalharem juntos a serviço de seus propósitos. É o tipo de coisa que fazem o César Cielo ser o que é, e fazer com que o mundo fique assombrado com o poder mental do Rafael Nadal aliado ao seu preparo físico, por exemplo.

O Rubens Barrichello é um excelente motorista, e nunca vai passar disso, porque não tem a força mental e habilidades que grandes competidores precisam na hora de mostrar serviço, nem muito menos o sangue frio e determinação que caras como Michael Schumacher e Ayrton Senna possuíam. Não basta ser bom, tem que ser excepcional para se consagrar nos esportes.

Gustavo Kuerten virou jogo de semi-final em Paris perdendo de 2 sets a zero, com duplo break point contra pra ser eliminado de um Grand-Slam e virou o jogo. Foi pra final do campeonato e levou o título, porque além do talento e da garra aliado ao seu carisma inigualável, o tornava maior do que qualquer ser humano que se propunha a entrar com ele numa quadra de saibro naquele momento. São esses os detalhes que fazem de um esportista um grande campeão. Afirmar na cara dos repórteres que iria ser campeão Olímpico no dia seguinte como fez o César Cielo na Olimpíada, é o exemplo de um gesto absurdo de pura confiança e determinação, onde a insegurança e o medo não significam nada.

O caminho que nos leva a glória além de muito trabalho e talento, é ter atitude e coragem para desafiar o impossível, fazendo coisas absurdas se tornarem rotina. É assustar os adversários e assombrar o mundo com suas conquistas impressionantes. É escrever o seu nome na história com atos difíceis de se esquecer.

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