quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Estamos pagando um preço alto por estarmos na moda

"O Brasil é o país do futuro".Eu ouço esse clichê desde que tinha 10 anos de idade, e começava a dar meus palpites no mundo dos adultos. Já se passam 25 anos, e a agora o futuro está mais próximo do que eu imaginava.

O Brasil descobriu reservas de Petróleo na casa dos bilhões de barris, que nos creditam a uma cadeira no seleto grupo dos países exportadores de Petróleo e arrecadar bilhões de dólares. Está em processo de licitação o edital de construção do trem de alta velocidade, e vamos poder ir de São Paulo ao Rio de Janeiro em 1hora e meia de viagem no famoso trem bala. O Brasil é hoje o terceiro maior exportador de aviões do mundo. Estamos emprestando dinheiro ao FMI, e em tempos de terremoto, mandamos ajuda financeira mais alta que qualquer país. Nossa economia resistiu a uma crise sem precedentes no cenário mundial. Nossas reservas cambiais são as maiores dos últimos quarenta anos se não me engano, e agora somos sede de Olimpíada e Copa do Mundo. O Brasil está na moda. O mundo aponta os olhos para o Brasil. Artistas disputam datas para fazerem shows pelo país em evidência. Nunca se viu uma temporada de shows tão agitada no país, e nunca se viu um abuso tão grande nos preços com vimos agora.

Quanto mais se fala em nomes, mais os números assustam. De R$ 200,00 a R$ 1.000,00 pode-se ver um show de um pouco mais de duas horas de seu artista dos sonhos. Sem falar da falta de organização e infraestrutura para se conseguir um lugal ao sol em cada uma dessas apresentações. Esse é o preço que se paga por estarmos na moda. Todo mundo aproveita essa bonança para faturar alto, e quem paga o pato sempre somos nós. Se hoje está custando R$ 400,00 reais para ver o Guns And Roses, mais uns R$ 300,00 para ser mais um palhaço no Cirque De Soleil e R$ 300,00 para ver a barba gigante dos irmãos Gibbons da banda ZZ-TOP, imaginem quando chegar o palco gigantesco do U2 em Novembro, e quanto vai custar um ingresso pra assistir um jogo de Copa do Mundo e o vexame brasileiro na “Olimpiadas” em 2016?

Não vamos nem comentar a ação dos cambistas para não contrariar os doentes.

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